Vale do Jequitinhonha: Monocultura de eucalipto é tema de audiência
Turmalina, Minas Novas, Capelinha, Veredinha, Carbonita e Itamarandiba são as cidades mais atingidas pela monocultura do eucalipto.
As violações de direitos humanos resultantes da monocultura do eucalipto no Vale do Jequitinhonha são tema de audiência pública hoje, 14, no Auditório José Alencar. Realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a reunião foi solicitada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT).
De acordo com informações do gabinete da parlamentar, essa monocultura tem recebido incentivos governamentais na região desde a década de 1970. A alegação era de que o cultivo seria uma forma de combater a pobreza, mas, ainda segundo o gabinete, a motivação real era suprir a demanda por carvão das siderúrgicas.
Desde então, grandes áreas de cerrado teriam sido transformadas em regiões de eucalipto e entidades ambientais têm denunciado que o rastro é de veredas secas e grotas sem nascentes, o que acaba por aprofundar o sofrimento da população de uma área que já é árida. Além disso, os moradores acabam submetidos a subempregos e relações precárias de trabalho, típicos de monoculturas.
As cidades mais atingidas pela monocultura do eucalipto são Turmalina, Minas Novas, Capelinha, Veredinha, Carbonita e Itamarandiba.
Nota da Aperam BioEnergia
A Aperam BioEnergia faz captação em reservatórios construídos por ela em sua área, cuja finalidade exclusiva é acumular água da chuva ao longo do ano para utilização nas suas atividades, possuindo todas as outorgas e licenças necessárias para captar e utilizar a água desses reservatórios.
Ciente do baixo índice pluviométrico deste ano e alinhado com sua responsabilidade social e ambiental, a Aperam BioEnergia colocou em prática plano de contingência emergencial e, desde o mês de maio de 2019, ações foram tomadas para reduzir a utilização da água existente em nossos reservatórios. Nas últimas semanas, medidas adicionais e radicais visaram a redução, ao máximo, do consumo de água, que serão mantidas até que se inicie o período chuvoso na região. Dentre as ações que estão em curso destacam-se:
- construção de novos piscinões para captação e reserva de água das chuvas;
- paralisação total da produção no Viveiro de Mudas de Itamarandiba;
- paralisação total do plantio de mudas;
- paralisação total das atividades de produção nas UPER’s (Unidades de Produção de Carvão) São Bento e Cruz Grande;
- redução das atividades nas demais unidades de produção, que continuarão operando mas com consumo restrito e reduzido de água;
- paralisação total da atividade de manutenção de estradas que requeiram a utilização de água;
- redução das atividades de obras de construção civil e das operações florestais que requeiram a utilização de água.
É fundamental, portanto, que a iniciativa privada e a sociedade estejam envolvidas nessa causa para que, juntos, possamos transformar este momento de estiagem em aprendizados que resultem em formas mais inteligentes e responsáveis de utilização dos recursos não renováveis.
Aperam BioEnergia
Fonte: Aconteceu no Vale
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